segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Questões do livro de Biologia - Capítulo 16


Questões do livro “LINHARES, Sérgio e GEWANDSZNAJDER, Fernando. Biologia hoje. São Paulo: Ática, 2010.”


Capítulo 16


Moluscos


Compreendendo o texto


1. Em alguns moluscos essa estrutura envolve o corpo; em outros, ela é reduzida e interna ou ausente.

a) De que estrutura estamos falando e qual a sua função?

A estrutura referida é a concha, cuja função é proteger o animal.

b) Em que grupo de moluscos essa estrutura é formada por duas partes? Dê exemplos de animais desse grupo.

Essa estrutura é formada por duas partes nos bivalves, e exemplos de animais desse grupo são a ostra, o mexilhão e o marisco.

2. De modo geral, fósseis de moluscos (gastrópodes e bivalves) são mais comumente encontrados do que fósseis de platelmintos ou de anelídeos. Qual pode ser a causa disso? Explique.

A causa disso pode ser o fato de geralmente os moluscos possuírem uma concha calcária resistente, que se preserva melhor do que o restante do corpo do molusco.

3. As lesmas-do-mar (cerca de 5 cm de comprimento) que produzem substâncias tóxicas ou venenosas costumam ter cores bem vivas, como a da foto a seguir.


Para o animal, qual a vantagem dessa coloração, chamada de coloração de advertência?

A coloração de advertência evita que predadores que já tenham tentado ingerir um desses animais tente fazer isso de novo, visto que memorizam que o ser com aquela coloração é venenoso. Isso protege relativamente os animais com a coloração de advertência do ataque de outros seres.

4. Você acha que esta afirmação está correta: “O sistema circulatório dos cefalópodes é mais parecido com o sistema circulatório das minhocas do que com o de outros grupos de moluscos.”? Justifique sua resposta.

A afirmação é correta, pois, enquanto o sistema circulatório dos outros grupos de moluscos é aberto, o dos cefalópodes e das minhocas é fechado.

5. Apesar de relativamente distantes evolutivamente, as esponjas (grupo dos poríferos) e certos moluscos, como a ostra e o mexilhão, apresentam com tipo de nutrição semelhante. Como é essa nutrição?

Essa nutrição ocorre através da filtração da água, da qual são retirados os nutrientes.

6. Observando o comportamento de um caracol-de-jardim, um estudante notou que, no pé do animal, havia uma glândula produtora de muco. Qual seria a função desse muco?

A função desse muco é evitar a desidratação do animal em contato com o solo.

7. Em laboratório, polvos aprendem a distinguir objetos de formas diferentes, a achar a saída de labirintos e a abrir garrafas fechadas com rolha, quando, dentro delas, há algum alimento. Essa grande capacidade de aprendizagem pode ser explicada: os cefalópodes apresentam determinado sistema corporal bem mais desenvolvido do que o de animais de outros grupos. Qual é esse sistema?

Esse sistema é o nervoso.

8. Em um dos capítulos anteriores você estudou um parasita do organismo humano cujo ciclo envolve a participação de um molusco.

a) Qual é esse parasita?

Esse parasita é o esquistossomo.

b) Qual a classe do molusco envolvido no ciclo?

A classe do molusco envolvido no ciclo é a dos cefalópodes.

c) Como é a participação do molusco nesse ciclo?

Nesse ciclo, o molusco é o hospedeiro intermediário.

Refletindo e concluindo


1. (FCC-SP) Qual dos seguintes animais está filogeneticamente mais relacionado à lula?

a) caramujo
b) lombriga
c) planária
d) minhoca
e) tatuzinho

Resposta: alternativa a

2. (PUCC-SP) O esquema abaixo representa a organização básica de um molusco.


Quais das estruturas numeradas correspondem, respectivamente, à cavidade do manto, à massa visceral e ao pé?

a) I, II e III
b) II, III e IV
c) III, I e V
d) III, IV e V
e) V, IV e III

Resposta: alternativa d

3. (UFRRJ) João, aluno do ensino médio que estava fazendo uma revisão em seus apontamentos de zoologia, verificou que, ao contrário dos gastrópodes marinhos que apresentam respiração branquial, os gastrópodes dulcícolas (que vivem em água "doce") utilizam oxigênio atmosférico através de sua cavidade paleal que é ricamente vascularizada, como um pulmão primitivo. Surgiu, então, uma dúvida: "Por que esses animais aquáticos respiram por pulmões? Outros moluscos, como os bivalves, respiram por meio de brânquias, quer vivam em água ‘doce’ ou salgada e o mesmo acontece com os peixes. Por que, então, os gastrópodes dulcícolas não respiram por brânquias?"
João, ao formular tais questões, não lembrava que:

a) vivendo em águas rasas, a respiração pulmonar permite um aproveitamento melhor do oxigênio atmosférico.
b) os gastrópodes dulcícolas representam o retorno ao ambiente aquático depois que seus ancestrais conquistaram o ambiente terrestre.
c) a pressão parcial do oxigênio em águas interiores é muito menor que na água do mar.
d) próximo à superfície, a disponibilidade de alimentos é maior.
e) os gastrópodes não são planctófagos, não podendo realizar a filtração.

Resposta: alternativa b

4. (FGV-SP) Os moluscos bivalves (ostras e mexilhões) são organismos economicamente importantes como fonte de alimento para o homem, por possuir alto valor nutritivo. Eles conseguem filtrar grandes volumes de água em poucas horas, daí serem comumente chamados "organismos filtradores", mas, em consequência, podem acumular, no seu trato digestivo, altas concentrações de microorganismos e compostos químicos tóxicos, eventualmente presentes na água onde vivem, assim pondo em risco a saúde pública e exercendo grande impacto social e econômico nas áreas de sua criação.
Assinale a afirmação correta.

a) Os moluscos não possuem sistema digestivo.
b) Os moluscos não possuem sistema nervoso ganglionar.
c) Os mexilhões possuem concha com apenas uma valva.
d) Nos mexilhões, as brânquias têm função respiratória e importante papel na nutrição.
e) Os moluscos são sempre hermafroditas.

Resposta: alternativa d

5. (Unirio-RJ) Relacione os diagnósticos numerados de I a V com os filos de invertebrados designados de P a U.

I. Animal filtrador, com nível de organização corporal simples.
II. Animal com forma de pólipo ou de medusa, formado por duas camadas celulares (diblástico).
III. Animal de corpo achatado, formado por três tecidos embrionários (triblástico).
IV. Animal de corpo fino e tubular, triblástico, cavidade corporal denominada pseudoceloma.
 V. Animal de corpo mole, com ou sem concha, triblástico, cavidade corporal denominada celoma.

P. Porifera
Q. Coelenterata
R. Platyhelminthes
S. Nemathelminthes
T. Mollusca
U. Annelida

a) I - P; II - Q; III - R; IV - S; V - T
b) I - P; II - Q; III - R; IV - T; V - S
c) I - Q; II - T; III - P; IV - U; V - R
d) I - U; II - T; III - S; IV - R; V - Q
e) I - U; II - T; III - S; IV - T; V - S

Resposta: alternativa a

6. (UFRGS-RS) O que Platelmintos e Moluscos possuem em comum?

a) O sistema respiratório.
b) A presença de celoma.
c) O tipo de sustentação.
d) O sistema digestivo.
e) A ocorrência de cefalização.

Resposta: alternativa e

Questões para análise


1. (Unicamp-SP) Explique, de maneira comparativa, duas características que permitem considerar moluscos como animais mais complexos que os celenterados.

O tubo digestório dos moluscos é completo, ao passo que o dos celenterados é incompleto. Além disso, o sistema nervoso dos moluscos é ganglionar, e o dos celenterados, difuso.

2. (PUC-MG) Uma estrutura comum no tubo digestivo de várias classes de moluscos é a rádula, que funciona como uma língua raspadora e trituradora de alimentos. Porém, nos bivalves, a rádula está ausente. Por quê?

A rádula está ausente nos bivalves pois eles são animais filtradores, obtendo seu alimento através da filtração da água, sem necessidade de rádula.

3. (UFC-CE) As ostras, pertencentes ao filo Mollusca, classe Bivalvia, são de grande interesse econômico para o homem por diversas razões. As ostras perlíferas despertam interesse econômico pelo fato de poderem desenvolver entre o manto e a concha as famosas pérolas. Sobre esses organismos, responda:

a) Como são formadas as pérolas naturais?

As pérolas naturais são formadas quando uma pequena partícula de areia ou algum outro corpo estranho se aloja entre o manto e a concha e envolvido por parte do manto, que passa a secretar carbonato de cálcio ao redor da partícula em camadas concêntricas, formando a pérola.

b) Qual a importância do processo de formação de pérolas para as ostras?

Com a formação das pérolas as ostras podem se defender, isolando o corpo estranho que entrar dentro de seu organismo.

domingo, 29 de setembro de 2013

Moluscos


Moluscos


Moluscos são animais triblásticos, protostômios e celomados, com simetria bilateral. Possuem corpo mole, dividido em cabeça, pé e massa visceral e muitas vezes protegido por uma concha calcária formada a partir do manto. Em alguns casos, tal como o da lula, a concha é interna. A concha dos moluscos protege-os de outros animais e da transpiração excessiva.

Variedade de moluscos.

Os moluscos dividem-se em várias classes, sendo as mais conhecidas as classes Pelecypoda, Cephalopoda, Gastropoda, Scaphopoda e Amphineura.


Pelecypoda ou Bivalvia


Os moluscos da classe Pelecypoda são aquáticos, e a maioria é marinha. É a única classe de moluscos sem rádula. Possuem duas valvas, sendo também chamados bivalves. As valvas são articuladas por uma espécie de dobradiça e unidas por fortes músculos, os quais atuam na abertura e fechamento das valvas. A respiração desses organismos é branquial, e alguns exemplos são a ostra, o marisco e o mexilhão. As brânquias desenvolvem duas funções, absorver o oxigênio e filtrar partículas de alimentos, que são levadas à boca.


O marisco tem massa visceral e pé, utilizando este último para cavar buracos na areia quando o animal precisa se proteger.


           Algumas espécies de ostra produzem pérolas. A formação da pérola pode ocorrer quando um grão de areia ou a larva de um verme penetram entre a concha e o manto, e este fabrica uma série de camadas de nácar ou madrepérola (substância brilhante da concha dos moluscos, composta de carbonato de cálcio) ao redor do corpo estranho. A pérola demora mais ou menos três anos para ser produzida.




Gastropoda


Alguns dos representantes dos gastrópodes são os caramujos, lesmas, caracóis e búzios. Alguns gastrópodes são univalves e outros são desprovidos de concha, como a lesma. Os gastrópodes apresentam um ou dois pares de tentáculos na cabeça, e na extremidade desses tentáculos estão alojados os olhos, que, sem movimentar a cabeça, enxergam em várias direções.

Os animais deste grupo são herbívoros e possuem na boca uma espécie de língua, chamada rádula, com a qual raspam e trituram os alimentos.

Os gastrópodes de vida marinha tem respiração branquial; já os terrestres e os de água doce respiram por pulmões.

 

Os caracóis são hermafroditas e, apesar de possuírem os dois sexos, não são capazes de se autofecundar. Quando dois caracóis se unem, ambos liberam espermatozóides dentro do parceiro. A união dos espermatozóides com os óvulos dá origem aos ovos, que são depositados na terra ou enterrados.

Disposição de alguns dos principais órgãos corporais no caramujo de água doce.


Cephalopoda

Concha de náutilo vista por dentro e por fora.
Os principais moluscos desta classe são o polvo, a lula e a náutilo. A cabeça dos cefalópodes é unida ao pé, de onde saem os tentáculos.

No polvo e na lula, esses tentáculos são cheios de ventosas, que servem para fixar o animal em rochedos.

O náutilo possui tentáculos lisos e concha externa e espiralada, enquanto nas lulas a concha é interna e nos polvos, inexistente.

Respectivamente lulas, polvo e náutilo.

Polvo

A lula e o polvo possuem um par de olhos bem desenvolvidos. Para se locomover, utilizam os tentáculos e o sifão, um tubo pelo qual sai um jato d’água que projeta o animal para trás. As lulas contam ainda com nadadeiras.

Os cefalópodes possuem sistema nervoso bem desenvolvido, que controla os deslocamentos rápidos, e sua visão é semelhante à dos vertebrados, apresentando imagens detalhadas.

A lula-gigante da espécie Architeuthis dux é o maior animal invertebrado do mundo, tendo cerca de 900 kg e vivendo em águas profundas.

Siba eliminando tinta (muitos cefalópodes são dotados de uma bolsa de tinta, anexa ao intestino).



Scaphopoda


Os Escafópodes são todos marinhos e passam a maior parte do tempo enterrados na areia. Alimentam-se de plâncton, capturado por meio tentáculos ciliados que se localizam perto da boca. Eles não possuem brânquias, a respiração é feita pelo manto, que secreta uma concha em forma de tubo. O pé tem a forma de um cone, à semelhança da proa de um bote.



Amphineura ou Polyplacophora


Os poliplacóforos, também chamados quítores, rastejam no fundo do mar, raspando algas das rochas com o auxílio da rádula. Eles não têm olhos nem tentáculos, e a concha é formada pela superposição de oito placas produzidas pelo manto.




Fontes


LINHARES, Sérgio e GEWANDSZNAJDER, Fernando. Biologia hoje. São Paulo: Ática, 2010.

PAULINO, Wilson R. Biologia Atual, Vol. 2: Seres Vivos, Fisiologia. São Paulo: Ática, 1997.

CRUZ, Daniel. Os Seres Vivos. São Paulo: Ática, 1998.

SANTOS, Fernando S. dos, AGUILAR, João B. V. e OLIVEIRA, Maria M. A. de (org). Biologia: ensino médio, 2º ano. São Paulo: Edições SM, 2010.

sábado, 28 de setembro de 2013

Filos do reino Animal

Filos que fazem parte do reino Animal


Porífera


Os componentes desse filo são aquáticos, não apresentam órgãos de locomoção e possuem simetria radial – seu corpo pode ser dividido em vários planos de simetria dispostos em várias direções, o que para estes seres representa uma vantagem, pois, sendo pouco móveis, seu contato com o meio é facilitado. Sua apomorfia no reino Animal é não apresentar tecidos verdadeiros.

Porífero com espículas

Cnidária


Também aquáticos, os cnidários, que podem ser fixos ou móveis, possuem simetria radial e sua apomorfia é serem diblásticos.

Água-viva

Platyhelminthes


Podem ter vida livre ou parasita, e possuem simetria bilateral, o que é uma adaptação ao deslocamento, pois há uma direção preferencial para a locomoção, ou seja, a frente, além de haver maior equilíbrio e menor resistência do ar e da água ao movimento. Sua apomorfia é serem acelomados. Nesses organismos, a mesoderme se origina sob a forma de um tecido conjuntivo de preenchimento.

Planária

Nematoda


Seu corpo (que possui simetria bilateral) se assemelha a um fio, e podem ter vida livre ou serem parasitas. Sua apomorfia é serem pseudocelomados.

Lombriga (Ascaris lumbricoides)

Annelida


Possuem simetria bilateral e o corpo dividido em anéis e segmentos.

Anelídeos

Arthropoda


São os insetos, crustáceos, aracnídeos, diplópodes e quilópodes. Seu corpo, cuja simetria é bilateral, é segmentado e coberto por um exoesqueleto de quitina (que é sua apomorfia), com pernas articuladas.

Lacraia

Mollusca


Têm o corpo mole, por vezes coberto por uma concha de carbonato de cálcio. Sua simetria é bilateral.

Caracol

Echinodermata


São seres marinhos com espinhos na pele e esqueleto de carbonato de cálcio. Sua apomorfia é terem uma simetria pentarradiada secundária.

Estrela-do-mar

Chordata


            Possuem crânio e coluna vertebral e animais que possuem corda dorsal na fase adulta. Sua apomorfia é a notocorda.

Ornitorrinco



Fontes


http://download.ultradownloads.com.br/wallpaper/237473_Papel-de-Parede-Agua-viva--237473_1280x1024.jpg

http://web.mit.edu/neuro/planaria2.jpg

http://www.sobiologia.com.br/figuras/Reinos2/nematelminto.jpg

http://static.freepik.com/fotos-gratis/molusco--lento--folhas--caracol-na-usina_3210792.jpg

http://www.aquablog.com.br/wp-content/uploads/2011/09/Estrela-do-Mar-04.jpg

http://paginas.fe.up.pt/~fff/Homepage/Animais/ornitorrinco.jpg


CRUZ, Daniel. Os Seres Vivos. São Paulo: Ática, 1998.

SANTOS, Fernando S. dos, AGUILAR, João B. V. e OLIVEIRA, Maria M. A. de (org). Biologia: ensino médio, 2º ano. São Paulo: Edições SM, 2010.

Importância das minhocas


Minhocas – sua importância na natureza e seus possíveis usos comercias


As minhocas são de grande importância ecológica, misturando a matéria orgânica do solo, dela se alimentando e expelindo as fezes na terra, facilitando a decomposição da matéria parcialmente decomposta por bactérias e fungos, transformando-a em sais minerais e nitrogênio.
As minhocas reciclam anualmente até cinco toneladas de solo em cada mil metros quadrados. Ao ingerir matéria orgânica, a minhoca elimina o excesso de cálcio que para ela seria mortal. Essa eliminação ocorre através das glândulas esofágicas, chamadas calcíferas, que transformam o cálcio em calcita, produto não assimilável pelo intestino desses animais e de fundamental importância para a fertilidade do solo. Um solo com minhocas possui cinco vezes mais nitrato, 2,5 vezes mais magnésio, sete vezes mais fósforo e onze vezes mais potássio. As plantas se alimentam melhor com as minhocas no solo, além de as minhocas regenerarem o solo, corrigindo o pH deste.


Elas também revolvem o solo, aumentando sua aeração e favorecendo a entrada de ar e a drenagem de água. Elas contribuem com a formação do húmus, matéria orgânica que fertiliza o solo. As propriedades físicas e químicas do solo são beneficiadas, pois ela expele 60% do que comeu sob forma de excrementos (húmus), em muito menos tempo que a natureza. O húmus da minhoca não tem cheiro forte e pode ser armazenado por vários meses sem perda de qualidade.

A minhocultura é uma atividade agroecológica que utiliza espécies de minhocas em cativeiro e tem como processo básico a vermicompostagem. Existem milhares de espécies de minhocas, mas são poucas as que proliferam em ambientes de alta concentração orgânica como na vermicompostagem.
Pesquisas estão sendo realizadas para o uso de minhocas como solução ecológica para o tratamento do lixo, matéria-prima para medicamentos (conhecidos há séculos por outras civilizações) e fonte de proteína para a alimentação animal e humana. Elas possuem um antibiótico natural, que está sendo estudado, e colágeno, que compõe o líquido celomático  e está sendo estudado para uso cosmético.A Ulbra e a Unisinos estão realizando estudos usando a vermicompostagem para reciclar metais pesados como cádmio, chumbo, níquel e cromo.
A minhoca tem 78 % de proteína, e sua carne tem um sabor salgado. As minhocas podem ser usadas na fabricação de ração animal, farinha de minhoca (rica em proteínas, podendo ser usada na confecção de bolos) e biscoitos destinados à nutrição humana.


Fontes


LINHARES, Sérgio e GEWANDSZNAJDER, Fernando. Biologia hoje. São Paulo: Ática, 2010.

SANTOS, Fernando S. dos, AGUILAR, João B. V. e OLIVEIRA, Maria M. A. de (org). Biologia: ensino médio, 2º Ano. São Paulo: Edições SM, 2010.

http://galileu.globo.com/edic/92/nossa_terra1.htm

Anelídeos


Anelídeos



Os anelídeos vivem tanto no solo quanto na água doce ou salgada, podendo tanto ter vida livre quanto ser parasitas.

São triblásticos e celomados, e seu corpo apresenta simetria bilateral e metameria, ou seja, é dividido, por septos, em vários segmentos.

A superfície do corpo dos anelídeos é revestida por uma epiderme externa muito resistente, que fornece proteção mecânica e química.


Esquema representativo da anatomia de uma minhoca (A) e aspecto interno de um anelídeo (B).

Em cima, minhoca gigante; embaixo à esquerda, Nereis virens, um anelídeo marinho; à direita, Hirudo medicinalis, uma sanguessuga.


Os anelídeos podem apresentar cerdas de quitina, e de acordo com a quantidade de cerdas que se divide este filo em três grupos:

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Sérpula

Poliquetos


Têm muitas cerdas, as quais são desenvolvidas, estão implantadas em expansões laterais chamadas parapódios e funcionam como patas rudimentares.
Em geral, a cabeça é diferenciada, apresentando olhos e tentáculos.

 

Oligoquetos




A minhoca é um exemplo. Apresentam poucas cerdas, que são pequenas.
Não possuem cabeça diferenciada, e a maioria é terrestre, mas alguns são encontrados em água doce.





Sanguessuga


Hirudíneos



Os hirudíneos não tem cerdas, e um exemplo é a sanguessuga. Possuem duas ventosas, uma para locomoção e fixação e outra para sugar o sangue de animais. Alguns hirudíneos se alimentam de pequenos animais ou de restos de matéria orgânica.



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A musculatura – que auxilia na locomoção e no movimento do alimento ao longo do tubo digestivo – se localiza sob a epiderme e é desenvolvida no sentido circular e longitudinal. Já o líquido do celoma funciona como esqueleto hidrostático, realizando a sustentação.

Enquanto alguns anelídeos se alimentam de detritos vegetais, outros são carnívoros, alimentando-se de sangue e de líquidos de outros animais.

Sua digestão é extracelular e seu tubo digestório é completo, apresentando esôfago, intestino e ânus. As minhocas têm um papo, que armazena alimentos, e uma moela, região muscular que tritura o alimento, o qual é digerido e absorvido pela parede do intestino.


Os anelídeos possuem um sistema circulatório fechado, cuja função é transportar alimento e oxigênio para as células, e que apresenta dois vasos (um contrátil e um ventral) ligados entre si por corações contráteis que auxiliam na propulsão do sangue. Além disso, outros vasos laterais ligam os vasos longitudinais na parte posterior do corpo. Alguns anelídeos apresentam no sangue pigmentos respiratórios – sendo o mais comum a hemoglobina – com a função de aumentar a capacidade de transporte de oxigênio.


Nas minhocas, entre outros anelídeos, a respiração é cutânea; por isso, sua pele não apresenta coberturas impermeabilizantes e sim células produtoras de muco, que ajuda a manter sua umidade. Os anelídeos maiores, no entanto, possuem brânquias, através das quais respiram.

A excreção dos anelídeos é realizada através de nefrídios ou metanefrídios, pequenos rins que retiram excretas do celoma através do nefróstoma, uma extremidade ciliada em forma de funil. As substâncias úteis retornam ao sangue, enquanto as tóxicas ou em excesso são eliminadas através do nefridioporo, que se abre na superfície do corpo. Por auxiliarem no controle da concentração das substâncias, os nefrídios colaboram para a homeostase, o equilíbrio do organismo.

O sistema nervoso dos anelídeos é formado por dois cordões nervosos ventrais, com um par de gânglios a cada segmento. Desses gânglios partem nervos para os músculos ciliares e longitudinais.

Os poliquetos apresentam ocelos. As minhocas, no entanto, têm células na epiderme que captam a presença da luz. Elas também possuem células que detectam estímulos mecânicos, captados pelos nervos dos gânglios e transmitidos aos músculos.

Os poliquetos geralmente apresentam sexos separados, e o seu desenvolvimento é indireto, sendo formada uma larva ciliada, a trocófora. Eles apresentam também reprodução assexuada por brotamento.

Já as minhocas são hermafroditas, e a fecundação é recíproca (reprodução cruzada mútua) e externa. As sanguessugas também são hermafroditas.

 

Fontes


LINHARES, Sérgio e GEWANDSZNAJDER, Fernando. Biologia hoje. São Paulo: Ática, 2010.

PAULINO, Wilson R. Biologia Atual, Vol. 2: Seres Vivos, Fisiologia. São Paulo: Ática, 1997.

CRUZ, Daniel. Os Seres Vivos. São Paulo: Ática, 1998.

SANTOS, Fernando S. dos, AGUILAR, João B. V. e OLIVEIRA, Maria M. A. de (org). Biologia: ensino médio, 2º ano. São Paulo: Edições SM, 2010.